Flávio Dino diz que decidirá apoio no 2º turno após consultar partidos
Governador eleito ainda não definiu se apoiará Dilma ou Aécio no 2º turno.
Ex-juiz federal alcançou 63,52% dos votos válidos.
Flávio Dino ( PCdoB) foi eleito com 63% dos votos válidos
Flávio Dino (PCdoB), governador eleito no Maranhão nesse domingo (5), ainda não definiu quem irá apoiar no segundo turno das eleições para a presidência da República. Após a apuração das urnas no Maranhão, Flávio Dino concedeu entrevista coletiva e afirmou que deverá consultar os partidos aliados para definir se apoiará a atual presidente, Dilma Rousseff (PT) ou o candidato Aécio Neves (PSDB).
Arte - Ficha sobre eleições no Maranhão
"Nós temos que reunir nossos partidos aliados pois fizemos uma aliança heterogênea. Então, nós temos o compromisso com esse condomínio, que é plural. Quero aproveitar e agradecer os eleitores da Dilma, Aécio e Marina, além dos outros candidatos à presidência. Todos eles participaram da nossa campanha. Cada partido tem a sua autonomia mas vamos reunir os partidos. A minha posição vai depender da consulta aos partidos que me apoiaram no Maranhão", declarou.
Flávio Dino obteve 1.877.064 votos (63,52% dos votos válidos), contra 995.619 (33,69%) de Lobão Filho (PMDB). O governador eleito terá como vice o deputado federal Carlos Brandão (PSDB).
A vitória marca a primeira vez em que um candidato que não é apoiado pelo Palácio dos Leões vence uma eleição para o governo maranhense, e a segunda vez em que um candidato do grupo político liderado pelo senador José Sarney (PMDB) não se elege. A outra havia sido em 2006, quando Jackson Lago (PDT) venceu Roseana Sarney, então no antigo PFL. Em 2009, Lago teve seu mandato cassado pelo TSE.
Dilma e Aécio recebem equipes para discutir estratégias do segundo turno
Os dois candidatos que vão disputar o segundo turno para a Presidência da República, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), vão passar esta segunda-feira (6) em reuniões fechadas com aliados e assessores para definir estratégias para esta nova fase da campanha.
A presidente recebeu integrantes de sua equipe na residência oficial da Presidência, o Palácio da Alvorada, em Brasília. Entre os participantes do encontro estavam o presidente do PT e coordenador-geral da campanha, Rui Falcão, o ministro licenciado Miguel Rossetto, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), o ex-ministro no governo Lula Franklin Martins (Comunicação Social), responsável pela campanha na internet, e Gilles Azevedo, ex-chefe de gabinete de Dilma e que agora coordena a agenda da candidata.
Segundo a assessoria da campanha de Dilma, ainda não há previsão de que ela tenha agenda pública ou conceda entrevista coletiva nesta segunda.
Aécio vai se reunir a portas fechadas com assessores e aliados em São Paulo. O candidato também não tem previsão de compromisso público, mas, segundo a assessoria, pode dar entrevista no comitê da campanha na capital paulista.
Resultado
Dilma chegou ao segundo turno ao obter 41,59% dos votos válidos (43,2 milhões de eleitores). Aecio teve 33,55% dos votos (34,8 milhões de eleitores).
Os dois fizeram um discurso neste domingo (5) após a divulgação os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terem confirmado a disputa de segundo turno.
Dilma, em sua fala, agradeceu o apoio de quem votou nela e aproveitou para atacar o PSDB: "O povo brasileiro não quer de volta aqueles que viraram as costas para o povo, que acabaram com as escolas técnicas, esvaziaram o crédito educativo e elitizaram as nossas universidades federais, sucateando-as".
Aécio afirmou que "o sentimento de mudança em todo o Brasil foi uma coisa surpreendente em todos os estados".
No segundo turno, um dos primeiros desafios que surgem tanto para o PT como para o PSDB é buscar apoio do PSB, da candidata Marina Silva, que ficou em terceiro lugar no pleito, com 21,32% (22,1 milhões de votos).
Também na noite de domingo, Marina disse que decidirá com o PSB se apoiará Dilma ou Aécio no 2º turno.
Será a quarta vez consecutiva que candidatos de PT e PSDB disputarão o segundo turno – em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu José Serra (PSDB); em 2006, Lula se reelegeu contra Geraldo Alckmin (PSDB); em 2010, Dilma superou Serra.
Nesta eleição, Dilma venceu em 15 estados, Aécio em nove e no Distrito Federal, e Marina em dois. Veja o mapa e uma comparação com o desempenho dos candidatos de 2010.
Campanha
A campanha foi marcada pela troca de ataques entre os candidatos. A ascensão de Marina, logo após a comoção provocada pela morte de Campos, fez com que se tornassem mais duros os discursos dos adversários. Em eventos de campanha e na propaganda da TV, Dilma pedia com frequência aos eleitores que votassem contra o "retrocesso" e a favor das "conquistas sociais", ao que a campanha de Marina respondia dizendo que rival adotava “discurso do medo” e fazia “terrorismo eleitoral”.
Uma das principais polêmicas se deu em torno da divulgação dos programas de governo. Primeira a apresentar suas propostas, Marina Silva foi alvo de críticas por ter alterado, no dia seguinte à divulgação do programa, o capítulo de políticas para a população LGBT, retirando o apoio à criminalização da homofobia. Ela também foi objeto de críticas de Dilma por defender a autonomia do Banco Central. Aécio também disparou contra a candidata do PSB, acusando-a de mudar frequentemente de posição.
Os embates também envolveram Dilma e Aécio. O tucano explorou durante a campanha o tema "corrupção" na Petrobras, responsabilizando o atual governo pelos escândalos que envolveram a estatal e culminaram na prisão, pela Polícia Federal (PF), de um ex-diretor acusado de desviar dinheiro da empresa. Dilma se defendeu dizendo que a PF teve autonomia para investigar e os casos de corrupção não eram escondidos "debaixo do tapete".
No campo da economia, a petista acusou os tucanos de terem "quebrado" o Brasil três vezes durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e de terem intenção de privatizar a Petrobras. Aécio, por sua vez, repetia que o governo perdeu o controle da inflação e que o país parou de crescer na gestão Dilma.
PT e PMDB encolhem, mas mantêm maiores bancadas; PSDB e PSB crescem
PT e PMDB continuam com as maiores bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, mas os partidos perderam cadeiras nas duas Casas em relação ao total de eleitos em 2010 e também sobre a bancada atual. Finalizada a apuração de urnas de todo o país nas eleições 2014, o PSDB perdeu cadeiras no Senado, mas ocupará mais vagas na Câmara. O PSB cresceu no Senado e manteve a bancada eleita em 2010. Como há alterações nas bancadas durante a Legislatura, a sigla ganhou cadeiras se levado em conta as que tinha atualmente.
O número de partidos com representação na Câmara passa de 22 para 28. Deputados federais eleitos
A composição do Senado ainda pode sofrer alterações, já que senadores estão na disputa do 2º turno no governo dos estados. Senadores eleitos
Veja a seguir como ficaram as novas bancadas do Congresso Nacional:
Obs.: O Senado reelege dois terços dos senadores em uma eleição, e um terço na seguinte. Em 2010, estavam em disputa 54 das 81 vagas. Em 2014, foram 27 das 81.
A candidata do PSB, Marina Silva, telefonou hoje pela manhã para os candidatos do PSDB, Aécio Neves, e do PT, Dilma Rousseff.
Na conversa protocolar, Marina parabenizou os dois candidatos pelo resultado e pela presença no segundo turno, mas mandou um recado. Tanto para Dilma como para Aécio, Marina disse que está torcendo para que a democracia ganhe e seja valorizada neste segundo turno.
Ela não fez nenhum aceno de negociação com os dois candidatos que continuam na disputa. Depois de várias reuniões entre ontem e hoje, ficou definido que haverá uma reunião entre todos os partidos da coligação de Marina na quarta-feira para tomar uma decisão.
Até lá, os partidos que integram a coligação, inclusive PSB, PPS e o grupo Rede, farão consultas às suas bases. A ideia é criar um novo campo político.
Como antecipou pela manhã, cresce entre os aliados de Marina a tendência de apoiar o tucano. "Se Aécio assumir compromissos programáticos, o apoio será de Aécio", disse um interlocutor de Marina Silva.
São três os pontos principais considerados questões essenciais pelo grupo de Marina Silva:
1- manter as conquistas sócio-econômicas e as garantias de que não vai mexer em conquistas sociais;
2 - melhorar a qualidade da democracia no Brasil, com a posição contrária à reeleição;
3 - colocar a sustentabilidade na agenda do país.
"O fato de Aécio não ter apresentado um programa pode ajudar a incorporar esses temas essenciais da coligação de Marina", observou um interlocutor da candidata do PSB.
Saiba o que fica proibido de quinta a domingo por causa do período eleitoral
Lei estabelece que quinta-feira é o último dia para a exibição da propaganda no rádio e na TV
Regras que não podem ser esquecidas por candidatos, partidos políticos e coligaçõesElza Fiúza/03.09.2010/ABr
Com a proximidade do primeiro turno das eleições no domingo (5), a Justiça Eleitoral tem algumas regras que não podem ser esquecidas por candidatos, partidos políticos e coligações.
Segundo a Lei Eleitoral, esta quinta-feira (2) é o último dia para a exibição da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. É também o prazo final para os candidatos fazerem reuniões públicas de campanha, comícios e para a utilização de aparelhagem de som fixa, entre as 8h e a meia-noite.
Quinta-feira também é a data limite para a realização de debates políticos na televisão ou no rádio. Debates iniciados no dia 2 podem se estender, no máximo, até às 7h do dia 3 de outubro.
Pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas nesta terça-feira (30) mostram que a candidata Dilma Rousseff (PT) continua na liderança isolada, mas sem pontuação suficiente para vencer no 1º turno. A diferença de pontos de Marina Silva (PSB) para Aécio Neves (PSDB) caiu nos dois levantamentos. A margem de erro das duas pesquisas é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
No Ibope, Dilma tem 39%, Marina, 25%, e Aécio, 19%. No Datafolha, Dilma tem 40%, Marina, 25%, e Aécio, 20%.
Os percentuais de cada informação estão arredondados sem casas decimais. Por esse motivo, a soma simples deles pode não dar 100%.
Confira todos os números:
Ibope (veja a pesquisa completa)
Dilma Rousseff (PT) - 39%
Marina Silva (PSB) - 25%
Aécio Neves (PSDB) - 19%
Pastor Everaldo (PSC) - 1%
Luciana Genro (PSOL) – 1%
Outros com menos de 1% - 1%
Branco/nulo - 7%
Não sabe/não respondeu - 7%
SEGUNDO TURNO
- Dilma Rousseff: 42%
- Marina Silva: 38%
- Branco/nulo: 12%
- Não sabe/não respondeu: 8%
- Dilma Rousseff: 45%
- Aécio Neves: 35%
- Branco/nulo: 12%
- Não sabe/não respondeu: 8%
- Marina Silva: 38%
- Aécio Neves: 34%
- Branco/nulo: 16%
- Não sabe/não respondeu: 12%
O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 203 municípios do país. A pesquisa, encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S.Paulo", foi realizada entre os dias 27 e 29 de setembro e está registrada no TSE sob o número 00909/2014. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.
Datafolha (veja a pesquisa completa)
Dilma Rousseff (PT) – 40%
Marina Silva (PSB) - 25%
Aécio Neves (PSDB) – 20%
Pastor Everaldo (PSC) – 1%
Luciana Genro (PSOL) - 1%
Outros com menos de 1% - 1%
Branco/nulo - 5%
Não sabe/não respondeu - 5%
SEGUNDO TURNO
- Dilma Rousseff: 49%
- Marina Silva: 41%
- Em branco/nulo/nenhum 7%
- Não sabe: 3%
- Dilma Rousseff: 50%
- Aécio Neves: 41%
- Em branco/nulo/nenhum 7%
- Não sabe: 3%
O Datafolha ouviu 7.520 eleitores em 311 municípios do país. A pesquisa, encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo", foi realizada entre os dias 29 e 30 de setembro e está registrada no TSE sob o número 00905/2014. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista.
Mais sete municípios do MA terão reforço da segurança nacional nas eleições
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou nesta segunda-feira (29), em regime de urgência, o envio das forças federais em sete municípios do Maranhão durante o primeiro turno das eleições 2014, a ser realizado no dia 5 de outubro.
O reforço foi autorizado na capital maranhense, São Luís, bem como em São José de Ribamar, Coroatá, Buriticupu, Bom Jesus das Selvas, São Vicente de Férrer e Cajapió. A medida visa garantir a normalidade durante o pleito.
"Verifico que, de fato, as justificativas apresentadas para o deferimento são sinalizadoras da necessidade de auxílio. Ademais, deve-se considerar a manifestação do governo estadual que considerou indispensável o reforço da segurança mediante o envio de homens do Exército para atuar no dia do pleito juntamente com as forças de segurança estaduais", disse a ministra em sua decisão.
Ao todo, 17 cidades do Maranhão contarão com o reforço do Exército. As demais são: Santa Luzia, Alto Alegre do Pindaré, Barra do Corda, Fernando Falcão, Jenipapo das Vieiras, São Mateus, Zé Doca, Santa Luzia do Paruá, Nova Olinda e Benedito Leite.